Origem da Palavra
Folclore
A palavra folclore vem do inglês folk
lore. Folk quer dizer povo e lore, estudo, conhecimento. Portanto, folclore é o
estudo dos costumes e tradições de um povo. Esse termo foi criado pelo
arqueólogo inglês William John Thoms (1803-1885), pesquisador da cultura
popular européia. Em 22 de agosto de 1846, ele publicou um artigo com o título
"Folk-lore", na revista The Athenaeum, de Londres, propondo a criação
do termo.
Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído
pelos costumes e tradições populares transmitidos de geração em geração. Todos
os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem
através de lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos,
religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos
característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que
nasceram e se desenvolveram com o povo.
A Carte do
Folclore Brasileiro, em sintonia com as definições da UNESCO, declara que
folclore é sinônimo de Cultura Popular e representa a identidade social de uma
comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais, e é
também uma parte essencial da cultura de cada nação.
Você sabia?
O
folclore brasileiro, apesar de ter raízes imemoriais, só começou a receber a
atenção da elite nacional em meados do século XIX.
O folclore brasileiro além
de ser a base alimentadora de boa parte do turismo cultural do país, se tornou
instrumento de educação nas escolas e está protegido por lei, sendo considerado
um bem do patrimônio histórico e cultural do Brasil. A Constituição protege o
folclore através dos artigos 215 e 216, que tratam da proteção do patrimônio
cultural brasileiro, ou seja, "os bens materiais e imateriais, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação,
à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira".
Nosso
folclore é rico e variado.
Mitos e
Lendas brasileiras______________________
Mitos
são seres que existem na ordem do sobrenatural, dos quais se contam estórias.
ANHANGÁ – personagem mitológico da Amazônia
protetora da natureza, especialmente dos animais. Aparece em forma de um veado
galheiro com olhos de fogo coberto de pelos.
BICHO-PAPÃO – diz-se ser uma espécie de
home-bicho que amedronta as crianças, pois pode aparecer para comê-la se a
criança não se alimentar direito ou não obedecer aos pais. História mitológica
muito usada pelos pais para dominar as crianças.
BOITATÁ – Cobra-de-fogo que vagando pelos
campos, protege-os contra aqueles que os incendeiam.
CAIPORA ou CAAPORA - pequeno índio coberto de pelos,
dono da caça e apreciador do fumo e da cachaça ou ainda um caboclo pequeno que
aparece montado em um porco do mato.
CHUPA-CABRAS - Mitologia do sudeste brasileiro
principalmente. Um animal parecido com um lobo mata animais domésticos
principalmente galinhas, cães, cabras e ovelhas sugando seu sangue através de
um foro que faz no pescoço da vítima.
CUCA - Bruxa parecida com uma lagarta
verde e grande, que vive fazendo o mal com suas feitiçarias. Pode ser uma
mulher de mau aspecto e que pega criança insones. Canta-se “Dorme nenê, que a
Cuca vem pegar. Papai foi pra roça e mamãe foi trabalhar”
CURUPIRA - O nome vem do tupi: curu –
abreviação de curumim (menino) e pira, corpo. Com pelos vermelhos e pés virados
para despistar os caçadores, é o ente protetor das florestas. Diz-se que é a
primeira lenda brasileira, pois foi citada por José de Anchieta, relatando os
temores dos índios.
JURUPARI - personagem mitológica dos povos
indígenas da Amazônia, que misterioso ensina os costumes, regras sociais e
criou os instrumentos sagrados.
LOBISOMEM – mito “importado da Europa”. O
personagem é um lobo que amedronta as pessoas nas noites de lua cheia. O
lobisomem é um homem que se transformou por castigo, por ter infringir
determinados costumes religiosos ou sociais. Dizem que quando ele aparece
deve-se fazer o sinal da cruz que ele se afasta.
MÃO GRANDE - Figura mitológica típica do
Pantanal Mato-grossenses, principalmente na Nhecolândia. Trata-se de um homem
que vaga pelos cerrados, pastas e capões da região e que agarra o cavaleiro
pelo pescoço com suas enormes mãos e o mata.
Mito muito difundido e temido pelos pantaneiros.
MAPINGUARI - Personagem mitológico amazônico que
segundo diz a lenda vive nos igapós onde dá uma gargalhada que dá medo nas
pessoas. Dizem que ele só morre se for atingido por uma bala feita de cera de
vela que tenha sido acesa na noite de Natal.
MULA-SEM-CABEÇA - É uma mula-sem-cabeça que solta fogo
no local da cabeça nas noites de quinta para sexta feira. Seu relincho é ouvido
muito longe e apavora as pessoas. Dizem que é uma mulher, que tomou a forma do
animal como castigo por ter sido amante de um padre.
NEGRO D’ÁGUA - Mitologia do Centro-oeste
brasileiro, principalmente no Araguaia. O Negro d’água é meio homem meio peixe,
com orelhas de macaco e uma crista de peixe e que derruba a canoa se o pescador
não lhe der um pedaço de peixe. Dizem que ele é muito forte e que já foi visto
por quase todos os pescadores que vivem na região.
SACÍ-PERERÊ - Uma das figuras míticas mais
conhecidas do Brasil. O Saci-Pererê é um negrinho peralta e perneta que usa uma
carapuça vermelha e um cachimbo na boca e que vive atazanando a vida das pessoas.
Muito temido nos confins de nossos sertões, principalmente no Sudeste
brasileiro, porque assusta os viajantes noturnos e as vezes entra nas casas
para fazer bagunça. O Saci-Pererê povoa o imaginário das pessoas simples de
nossos sertões que temem ainda seu enlouquecedor assobio e as molecagens que
faz dando nós nas crinas dos cavalos.
BOTO
- O boto-cor-de-rosa surge na época das festas juninas, transformando-se em um
rapaz, que sempre está usando chapéu, já que sua transformação não é inteira,
conquista a primeira bela jovem que encontrar, levando-a para o fundo dos rios
GUARANÁ
- A lenda do guaraná originou-se dos índios da Amazônia. Tupã concedeu um filho
a um casal de índios, mas Jurupari atraiu o menino para pegar frutos em uma
arvore e o mordeu e ele morreu. Tupã ficou com dó dos pais e lhes enviou uma
mensagem em forma de trovão, determinando que eles enterrasse os olhos do
menino separados do corpo que deles nasceriam uma planta muito importante e boa
para toda a tribo. Assim, nasceu uma planta cuja fruta tem a forma de um olho
humano cercado por uma película branca e aí os índios deram-lhe o nome de
guaraná que significa “parecido com gente viva”.
NEGRINHO DO PASTOREIO - Lenda do Rio Grande do Sul que diz que um menino
escravo conhecido por “Negrinho” perdeu uma corrida de cavalo de seu amo, o
qual o castigou mandando pastorear bem longe fazendo com que ele tivesse que
ficar sozinho muito tempo e pedisse ajuda à Nossa Senhora acendendo uma vela
para ela. Como o rebanho que pastoreava fugiu, o seu amo o castigou severamente
deixando-o em carne viva e o colocando para morrer em um formigueiro. O
Negrinho chamou por Nossa Senhora que o ajudou. No dia seguinte o seu patrão o
viu alegre e forte ao lado da Virgem Maria, envoltos em um facho de luz e perto
do cavalo e o rebanho. O Neguinho montou o cavalo e saiu conduzindo o rebanho.
Assim, quando alguém perde alguma coisa pode pedir para o “Neguinho do
pastoreio” acendendo uma vela à Nossa Senhora, que encontrará o que procura.
Superstições
e crendices brasileiras____________________
São
o medo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa que possa trazer azar, má sorte
ou infelicidade.
Seguem
alguns exemplos:
-
carranca na proa: afasta os maus espíritos.
-
o canto da acauã: trás chuvas
-
beija-flor entrar em casa: dá sorte
-
urubu pousar em cima da casa: dá azar
-
cruzar com gato preto atravessando a rua: dá azar
-
ouvir o canto do uirapuru: dá sorte e felicidade
-
chifre ou cabeça de boi na cerca ou no curral: dá sorte e espanta mal olhado.
-
passar em baixo de uma escada: dá azar e a pessoa não progride na vida
-
apontar estrelas: faz nascer verrugas pelo corpo
-
sexta-feira 13: dia de azar. Evita-se não saindo de casa.
-
derramar sal no chão: dá azar,
-
mau-olhado: inveja das pessoas causam azar. Evita-se colocando folhas de arruda
na sala ou atrás de uma das orelhas.
-
dente de alho no pescoço da criança pare evitar convulsões,
Folguedos
________________________
Os
folguedos são festas de caráter popular cuja principal característica é a
presença de música, dança e representação teatral. Grande parte dos folguedos
possui origem religiosa e raízes culturais dos povos que formaram nossa cultura
(africanos, portugueses, indígenas). Contudo, muitos folguedos foram, com o
passar dos anos, incorporando mudanças culturais e adicionando, às festas,
novas coreografias e vestimentas (máscaras, colares, turbantes, fitas e roupas
coloridas). Os folguedos fazem parte da cultura popular e do folclore
brasileiro. Embora ocorram em quase todo território brasileiro, é no Nordeste
que se fazem mais presentes.
Exemplo:
Moçambique, Reisado, Folias de Reis, Fandango, Vaquejada, Maracatu,
Bumba-meu-boi, Festas Juninas, Congadas, Cavalhadas, Alardo, Mulinha de Ouro,
Jaraguá etc.
Os
principais folguedos da cultura popular brasileira são:
- Afoxé: dança-cortejo, típica da Bahia, e
ligada aos rituais do candomblé.
- Bumba-meu-boi:
típico folguedo da região Nordeste do Brasil. Possui uma miscigenação de
elementos culturais africanos, portugueses e indígenas. Sua coreografia
consiste em danças de rua, onde um homem veste-se de boi e comanda as
coreografias.
- Caboclo:
danças que representam a cultura indígena. Folguedo muito comum em Pernambuco e
Paraíba.
- Cavalhada:
típica das regiões Sudeste e Centro-oeste do Brasil. Os cavaleiros representam,
em suas coreografias, as batalhas medievais entre cristãos e muçulmanos.
- Congada:
espécie de dança-cortejo ocorre em diversas regiões do Brasil. Representam a
coroação dos antigos reis do Congo (África).
- Folia-de-reis:
dramatização de rua em que é representada a viagem bíblica dos três reis magos.
Ocorre entre o Natal e o dia 6 de janeiro (Dia de Reis).
- Maracatu:
dança-cortejo típica de Pernambuco, ocorre no período do Carnaval. A dança
ocorre ao som de zabumbas, conguês e taróis.
- Marujada:
encenação nordestina que representa a vitória dos cristãos sobre os muçulmanos
na Idade Média e também as conquistas marítimas europeias dos séculos XV e XVI.
Os personagens vestem-se com trajes de marinheiros, cristãos ou muçulmanos.
Pandeiros, violões e outros instrumentos acompanham a encenação.
- Pastoril:
encenação cujo tema principal é o aviso que o anjo Gabriel dá sobre o
nascimento de Jesus Cristo. Típico da região Nordeste, os participantes dançam
e cantam nas ruas. Meninas, enfeitadas com fitas e tocando pandeiro, dividem-se
em dois cordões (azul e vermelho) e são acompanhadas por um grupo musical.
- Reisado:
comum no Nordeste, este folguedo baseia-se na encenação do Natal. Os
participantes, cantando e dançando, desfilam pelas ruas da cidade pedindo
donativos. Os participantes usam roupa coloridas, fitas e chapéus. Em algumas
regiões, integrantes usam figurinos representando reis, palhaços e estrela.
Parlenda__________________________
As
parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras
de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as
crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento
entre os participantes ou apenas por diversão.
Alguns
exemplos de parlendas:
Um,
dois, feijão com arroz.
Três,
quatro, feijão no prato.
Cinco,
seis, chegou minha vez
Sete,
oito, comer biscoito
Nove,
dez, comer pastéis.
Serra,
serra, serrador! Vamos serra tabuinhas pro vovô! Eu na serra você no serrote,
vamos serra o chifre do garrote.
Um
elefante incomoda muita gente...
Dois
elefantes... incomoda, incomoda muito mais...
Três
elefantes... incomoda, incomoda, incomoda muito mais...
Quatro
elefantes incomoda, incomoda, incomoda, incomoda muito mais...
(continua...)
–
Cala a boca!
–
Cala a boca já morreu
Quem
manda em você sou eu!
-
Enganei um bobo...
Na
casca do ovo!
Chuva
e Sol,
Casamento
de espanhol
Sol
e chuva
Casamento
de viúva
Trava
Língua _______________________
Podemos definir os trava línguas como
frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico (brincadeira).
Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma frase
difícil para outro indivíduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois
possuem muitas sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e
devem ser faladas rapidamente.
Exemplos de Trava Línguas (devem ser falados
rapidamente sem pausas)
-
Pedro tem o peito preto, O peito de Pedro é preto; Quem disser que o peito de
Pedro é preto, Tem o peito mais preto que o peito de Pedro.
-
Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos, quem desmafagafizar os
mafagafos, bom desmafagafizador será.
-
Pinga a pipa Dentro do prato Pia o pinto e mia o gato.
-
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
-
O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio
principesco da princesa.
-Três
pratos de trigo para três tigres tristes.
-
Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.
-
Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, para o prato, pia o
pinto e mia o gato.
-
A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem
suceder o sucesso...
-
O Tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu pro
tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
Brincadeiras
folclóricas____________________
Além
dos contos, danças, festas e lendas, o folclore brasileiro é marcado pelas
tradicionais brincadeiras. As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam
de geração para geração. Muitas delas existem há décadas ou até séculos.
Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém, a
essência das brincadeiras continua a mesma da origem.
Grande
parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos.
Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das
crianças.
A
preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura
folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de
agosto que é destinado ao folclore.
Jogos,
brincadeiras e brinquedos do folclore:
Soltar pipa: Cerca de 1000 anos antes de Cristo a pipa era utilizada como forma de
sinalização, mas ao chegar ao Brasil, trazida pelos portugueses, a pipa se
tornou somente uma forma de diversão. Ela voa através da força dos ventos e é
controlada por uma corda que permite ao condutor deixá-la cada vez mais alta ou
mais baixa. As pipas, também conhecidas como
papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas
(soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem
direcionar e fazer malabarismos no céu.
Estilingue: também conhecidos como bodoques, são
feitos de galhos de madeira e borracha. Os meninos usam pedras para acertar
alvos (latas, garrafas e outros objetos).
Pega-pega: esta brincadeira envolve muita
atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada
passa ter que fazer o mesmo.
Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser
encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá procurar deve
ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as outras se
escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar todos os
escondidos e correr para a base.
Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, são
jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do
adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.
Boneca de pano: feitas pelas mães e avós, são usadas
em brincadeiras pelas meninas para simular crianças integrantes de uma família
imaginária.
Pião: o
pião é um brinquedo bastante antigo, cujo formato lembra uma pera com uma das
extremidades pontiaguda. Há referências de sua utilização como passatempo desde
a época de Pitarco, um dos sábios da Grécia antiga que viveu por volta do ano 600
a.C. A brincadeira de pião ainda faz muito
sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira,
os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com
força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante a
brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam.
O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.
Ciranda- A ciranda, que é a dança mais famosa
do Brasil, foi trazida de Portugal como dança adulta, mas logo sofreu
transformações e passou a alegrar as brincadeiras infantis. É bastante
utilizada ainda hoje em escolas, parques e espaços que prezam as brincadeiras
antigas, passando-as às novas gerações, mostrando sua importância folclórica e
cultural.
Amarelinha-
De origem francesa, a amarelinha chegou ao Brasil e rapidamente se tornou
popular. A brincadeira consiste em um desenho formado por blocos numerados de 1
a 9, com semicírculos nas extremidades que são jogados com uma pedrinha que
deve obedecer as paredes de cada bloco.
Peteca- Os índios que viviam no Brasil antes
do seu período de descobrimento utilizavam uma trouxa de folha cheia de pedras
que eram amarradas numa espiga de milho. Brincavam de jogar esta trouxa de um
lado para outro, chamavam-na de Pe’teka, que em tupi significa bater.
Artesanato
_________________________
O
Artesanato é um trabalho manual proveniente
de um artesão, que pela sua dedicação gera produtos pertencentes a cultura
popular e de caráter familiar. O artesão possui os meios de produção, na
maioria das vezes feita em sua própria casa.
Artesão-artista: artesão que produz a partir de sua
criatividade e subjetividade, são os talhadores, gravadores, escultores e
pintores;
Artesão semi-industrial: capaz de produzir seu artesanato por
meio de moldes e processos semi-industriais para reproduzir peças iguais como
jarros e tigelas;
Artesão-artesão: produz as peças utilizando
ferramentas e métodos rudimentares, na maioria das vezes são peças utilitárias
sem preocupação com a beleza.
Comidas
Típicas ______________________
A
culinária do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, indígenas
e africanos. Muitas das técnicas de preparo e ingredientes são de origem
indígena, tendo sofrido adaptações por parte dos escravos e dos portugueses.
Norte
Os pratos do Norte do Brasil possuem
forte influência indígena e portuguesa. Pratos conhecidos incluem: - a
maniçoba, popularmente chamada de "feijoada paraense". Prato feito
das folhas da mandioca processada, a "maniva", e cozidas por 7 dias e
carne de porco, como na feijoada; - o pato no tucupi, feito de tucupi, pato
regional e folhas de jambú acompanhado de arroz branco e farinha d'água; - o
picadinho de jacaré (prato feito com a carne do jacaré); - o pirarucu de
casaca, preparado com farofa (feita de farinha d'água, ou farinha de mandioca),
azeitonas, ovos e vinagrete com cheiro-verde; - os pratos com peixes, como com
"filhote" (piraíba ainda pequena), pescada amarela, bijú-pirá,
tucunaré, entre outros, acompanhados geralmente de arroz branco, farinha d'água
e pirão de peixe; - o tacacá (caldo quente, servido na cuia e composto por
tucupí, camarões secos, jambú e goma); - o vatapá paraense, feito a base de pão
com camarões secos, caldo de camarão e dendê, diferenciando-se do baiano pela
ausência de amendoim, castanha-de-cajú, gengibre ou fubá.
Nordeste
A culinária nordestina é fortemente
influenciada pela suas condições geográficas e econômicas ao longo da história,
assim como pela antiga mistura das culturas portuguesa, indígena e africana,
iniciada ainda no século XVI. As comidas quase sempre têm como ingredientes
produtos vegetais, carnes de gado bovino e caprino, peixes e frutos do mar,
variando bastante de região para região, de acordo com suas características
peculiares.
Pratos característicos da Região
Nordeste incluem a tapioca, o vatapá, a moqueca (ambos com frutos do mar e
azeite-de-dendê), o baião de dois (feito de arroz e feijão, com diversas
variedades, geralmente incluindo também carne seca, queijo coalho, manteiga da
terra ou nata), o acarajé (um bolinho de feijões brancos e cebola fritado no
azeite de dendê recheado com camarões, pimenta vermelha, tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como patrimônio imaterial em
2004), o mugunzá (feito de feijão e milho, sendo doce em algumas áreas e, em
outras, salgado, com lingüiça), caruru (quiabo e castanhas de caju, camarões,
pimenta e alho), iguaria de origem indígena adaptado pelos escravos nos engenhos
e servido aos orixás e o sarapatel. Os pratos tem forte influência africana.
Outras comidas tradicionais são a
farofa, a paçoca, a canjica, pamonha, a carne-de-sol, a rapadura, a buchada de
bode, o queijo coalho, o siquilho, o alfinim, a panelada, a maria-isabel, o
carneiro cozido e a galinha à cabidela. Um bolo originário de Pernambuco, mas que
posteriormente espalhou-se pelo país é o bolo de rolo, feito com farinha de
trigo e recheio de goiabada. No Maranhão, desenvolveu-se o Arroz-de-cuxá com
base em uma erva africana, a vinagreira, caldeirada
de camarão e peixe.
Centro-Oeste
A culinária de Mato Grosso tem
influências da culinária africana, portuguesa, italiana, síria e com a migração
dos últimos anos também de pratos típicos de outras regiões brasileiras. Pratos
considerados bem mato-grossenses são: Maria Isabel (carne seca com arroz) o Pacu
assado com farofa de couve, a carne seca com banana-da-terra verde, farofa de
banana-da-terra madura além do tradicional churrasco pantaneiro que se
desenvolveu pelas longas comitivas de gado no pantanal. O peixe em Mato Grosso
é um alimento farto, considerado como o principal nas áreas ribeirinhas. Os
peixes de mais prestígio nas mesas locais são: o Pacu, a piraputanga, o bagre,
o dourado, a cachara, a geripoca, o pacupeva, o pintado, etc.
O povo mato-grossense também aprecia o
arroz com pequi, picadinho de carne com quiabo e a carne assada. Há ainda o
Guaraná de ralar usado principalmente pelos mais velhos, cujo costume é de
tomar pela manhã. Para o café da manhã, vale ainda destacar o Bolo de Arroz e o
Bolo de Queijo.
O pequi é um fruto muito popular na
culinária do estado de Goiás, comido geralmente com o arroz ou frango cozido. O
milho verde é ingrediente principal de diversos pratos, como a Pamonha, o Angu
e o Cural. Outro prato tradicional de Goiás é o Empadão goiano, uma torta
salgada sendo seu recheio composto de ingredientes variados e comuns da região,
como o frango, a linguiça suína, o milho verde e outros. São muito apreciados
os derivados da carne suína, como a linguiça, o torresmo, a pururuca e a
feijoada. A culinária goiana teve e tem forte influência da culinária mineira,
mas preserva sua identidade.
Sudeste
Em Minas Gerais, famosa pela
denominada cozinha mineira, os pratos regionais incluem milho, carne de porco,
queijo minas, o pão de queijo, o feijão tropeiro, angu, o tutu à mineira,
elaborado a partir uma pasta de feijão cozido misturado com a farinha de
mandioca, guarnecido com ovos cozidos ou fritos, e linguiça frita. Além das
quitandas, que são biscoitos a base de polvilho, sequilhos, roscas, o famoso
pão-de-queijo, e doces à base de laranja-da-terra, abóbora e mamão. Típico de
Minas Gerais é a utilização das panelas feitas de pedra-sabão.
No estado de São Paulo uma comida
típica é o virado à paulista, o qual é feito com arroz, tutu de feijão (massa
de feijão com farinha de mandioca), couve-de-folhas salgada e pedaços de carne
de porco. Na cidade de São Paulo é possível encontrar grande variedade de
culinárias, da francesa à chinesa. A cidade de São Paulo é capital gastronômica
de projeção internacional, pois lá existem pratos de diversas regiões do mundo.
Os pratos tem principalmente forte influência libanesa, síria, italiana e
japonesa.
O prato local principal no Espírito
Santo é a moqueca capixaba (a qual inclui principalmente peixe e tomates),
diferente do prato baiano apenas no preparo, pois o último receberia azeite-de-dendê
e leite de coco. Os pratos tem forte influência indígena, como o uso da banana-da-terra.
No Rio de Janeiro, uma das comidas
típicas é a feijoada, preparada com vários tipos de carnes suínas e bovinas,
salgadas e embutidos e o feijão preto. Há também o tradicional filé com fritas,
um prato a base de batatas-fritas e grandes bifes de filé bovino grelhados,
como o Filé à Osvaldo Aranha, acompanhado de farofa, arroz branco e alho frito.
Os pratos cariocas tem a forte influência africana, indígena e portuguesa.
Popularmente é muito consumido o refresco a base de chá mate, servido gelado.
Sul
No Rio Grande do Sul já é tradicional
o churrasco, ou seja, carne bovina ou ovina, dispostas em espetos, temperadas
basicamente com sal grosso e grelhadas em churrasqueiras, a base de carvão ou
lenha. No estado de Santa Catarina, o interior é de forte influência alemã, e
no litoral a presença portuguesa, onde é grande a utilização de peixes marinhos,
camarões, e ostras. A comida tradicional do estado do Paraná é o barreado,
carne cozida com legumes em panelas de barro, por vezes colocadas debaixo da
terra para cozinharem sob o calor de lenha ou carvão, e comida com farinha de
mandioca. Os pratos são sempre carregados de muita carne bovina e de vinhos,
por conta da grande imigração italiana, que tem forte influência nos pratos.
Provérbios_________________
-
Antes só do que mal acompanhado;
-
Devagar se vai ao longe;
-
Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura;
-
Quem dá aos pobres empresta a Deus;
-
De grão em grão a galinha enche o papo;
-
Diga com quem andas, que direi quem tu eis.
Expressões
ou apelido___________
-
Lavar a égua (ser bem sucedido).
-
Cara de pau.
-
Cobra (pessoa ruim ou que conhece muito bem determinado trabalho ou assunto).
Crendices
e superstições___________
Agouro - gato preto, número 13, passar
debaixo de escada, quebrar espelho, etc.
Amuleto ou Talismã - pata de coelho, figa, ferradura de
cavalo, medalha benta, etc.
Magia - simpatia e magia negra.
Cantigas__________________
As músicas do folclore brasileiro são
canções populares, muitas de autores desconhecidos do interior do Brasil, que
são transmitidas de geração para geração através dos tempos. Parte importante
da cultura popular, são usadas como o objetivo lúdico (envolvendo jogos e
brincadeiras) ou para pura diversão. Possuem letras simples e com muita
repetição, características que facilitam a memorização. Estas músicas são mais
populares nas regiões do interior do Brasil e costumam apresentar como temas
principais situações do cotidiano (amor, namoro, casamento, relacionamentos,
etc.). Algumas letras também envolvem personagens do folclore brasileiro. As
músicas folclóricas brasileiras são quase sempre acompanhadas pelo som de uma
viola caipira ou de violão.
A canoa virou
A
Canoa virou
Pois
deixaram ela virar
Foi
por causa da (nome da pessoa)
Que
não soube remar
Se
eu fosse um peixinho
E
soubesse nadar
Eu
tirava a (nome da pessoa)
Do
fundo do mar
Sapo Jururu
Sapo
Jururu na beira do rio
Quando
o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A
mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo
rendinha, ó Maninha, pro seu casamento.
Medicina popular__________________
A Medicina Popular no Brasil é uma
prática muito antiga, bem antes dos primeiros Portugueses aqui chegarem, ela já
era praticada e muito bem conhecida pelos Índios que habitavam o Brasil já há
muito tempo, daí o conhecimento e a prática ser tão bem apurada por eles.
Na Medicina Popular, diferente da
Medicina Cientifica, o individuo que vai ser tratado é analisado sob dois
aspectos básicos, a saúde de seu corpo e a saúde de seu espírito, pois muitas
vezes a pessoa não esta com uma doença do corpo e sim uma doença espiritual,
como o" mal olhado" (doença onde a pessoa fica abatida, sem ânimo, provocada
pela inveja de outra pessoa).
Na prática a Medicina Popular utiliza
três formas de tratar a pessoa que esta doente, são as Plantas Medicinais, as
Rezas e Simpatias. Em alguns casos estas três formas podem ser empregadas
juntas, como é o caso das rezadeiras que utilizam plantas medicinais para
realizar as orações nas pessoas doentes.
fonte:
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm
http://www.infoescola.com/artes/artesanato/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Culin%C3%A1ria_do_Brasil
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