A dança de ventre é
uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e
da Ásia Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada entre 7000 e 5000
a.C, seus movimentos aliados a música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram
registrados no Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, e
tinham como objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a
deusas para se tornarem mães. Com a invasão dos árabes, a dança foi propagada
por todo o mundo.
A Dança do Ventre,
por não ter sido, em origem, uma dança moldada para o palco, não apresenta
regulações quanto ao aprendizado. Os critérios de profissionalismo são
subjetivos, tanto no ocidente quanto nos países árabes, embora já comecem a ser
discutidos no Brasil.
Na passagem para o
formato de palco, determinados elementos cênicos foram incorporados,
principalmente no Ocidente:
Espada: A origem é nebulosa e não necessariamente atribuída á
cultura egípcia ou árabe, sendo explicada por várias lendas e suposições.
Alguns estudiosos da
dança do ventre afirmam que, na época das invasões dos bárbaros (hoje árabes) em
terras egípcias, as bailarinas eram escravizadas e dançavam equilibrando
espadas na cabeça como uma forma de dizer; "sua espada aprisiona meu
corpo, mas meu espírito é livre!".
Ø
O
que é certo, porém, é que a bailarina que deseja dançar com a espada, precisa
demonstrar calma e confiança ao equilibra-la em diversas partes do corpo;
Ø
Pontos
de equilíbrio mais comuns: cabeça, queixo, ombro, quadril e coxa;
Ø
Também
é considerado um sinal de técnica executar movimentos de solo durante a música;
Punhal: Variação da dança
com a espada, também sem registro de uso nos países árabes.
Alguns pesquisadores
da dança defendem a origem da dança com o punhal também na invasão dos
bárbaros. As bailarinas eram tomadas também como escravas sexuais e, quando
engravidavam, era comum perderem seus bebês ante as condições precárias de
saúde e saneamento básico. Então, dançavam fazendo movimentos circulares com o
punhal em torno da barriga em referência ao seu luto.
Ø
O
desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a
de sentimentos;
Véus: Ao contrário do que
se pensa, é uma dança de origem ocidental norte-americana, tendo sido,
portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas.
Existe uma parte dos
estudiosos que encontra sim, a origem da dança dos véus no oriente médio. A
Dança dos Sete Véus, faz uma referência aos sete chakras principais (pontos de
energia do corpo) e é por isso que os véus têm as mesmas cores dos chakras. Na
Dança dos Sete Véus, cada véu que a bailarina deixa cair é como se fosse um
chakra que se mostra. O último véu que cai se refere ao chakra chamado
Kundalini. A Kundalini é representada por uma serpente e se localiza no final
da coluna vertebral na altura dos órgãos sexuais. É por isso que a Dança dos
Sete Véus somente deve ser dançada para a pessoa amada, pois ao deixar cair o
último véu, a bailarina fica prometida à pessoa para quem estiver dançando. Um
bom exemplo desta nuance da cultura oriental é a bíblia dos católicos, quando
cita à dança de Salomé para Herodes Antipas à quem fica prometida em troca da
cabeça decaptada de João Batista.
Hoje é uma dança extremamente popular, e mesmo os leigos na Dança do
Ventre costumam entende-la e apreciá-la.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a_do_ventre