Entre as civilizações do mundo antigo, a dos
romanos é, sem dúvida, aquela a que mais temos acesso, uma vez que eles nos
deixaram um vasto legado literário, que nos permite traçar sua história com uma
riqueza de detalhes.
Com
forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e elementos
artísticos e culturais da Grécia Antiga e chegou a "copiar" estátuas
clássicas. Imperadores, deuses e figuras mitológicas foram retratados nas
esculturas romanas.
Roma
destacou-se na arquitetura com grandes edifícios privados e públicos. Entre os
privados, incluem-se as casas e as residências coletivas. Os públicos
dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e
lúdicos (teatro, anfiteatro e circo). O espírito prático de Roma reflete-se no
urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos.
Arquitetura
Da
mesma maneira encontramos obras particulares, mansões nas cidades e em seus
arredores, refletindo a riqueza de patrícios e posteriormente dos homens novos.
O enriquecimento proveniente das conquista foi responsável pelo desenvolvimento
do gosto pelo luxo, e pode ser percebido também nas construções.
É
uma arquitetura caracterizada pela monumentalidade, não só pelo o espaço que
ocupa, mas também pelo seu significado. Isto decorre também da ideia da
imortalidade do Império. É uma arquitetura utilitária, prática, funcional.
Dos
etruscos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utilização do arco e da
abóbada. Dos gregos herdaram as concepções clássicas dos estilos Jônio, Dório e
coríntio, aos quais associaram novos estilos, como o toscano.
Os
romanos ainda construíram aquedutos que transportavam água limpa até as cidades
e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água
servida e aos dejetos das casas.
As construções eram de cinco espécies, de
acordo com as funções:
1) Religião:
Templos Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter
Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em
Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande
variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua
planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde
o povo se reunia para o culto.
2) Comércio e civismo: Basílica, A
princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica
servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde,
já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A
basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de
quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a
basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de
Otávio Augusto.
3) Higiene:
Termas Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o
centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de
casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes.
4) Divertimentos:
a)
Circo:
extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos
jogos praticados temos: jogos circenses - corridas de carros; ginásios -
incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a
cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos;
Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo
ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".
b)
Teatro:
imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários
versáteis, giratórios e retiráveis.
c)
Anfiteatro:
o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham
um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra
anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu,
certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era
ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares
com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica
e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam
presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a
construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções
chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.
5) Monumentos decorativos
a) Arco
de Triunfo: pórtico monumental feito em Início em homenagem aos imperadores
e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore,
construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.
b) Coluna
Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso
em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em
baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a
vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.
6) Moradia: Casa Era construída
ao redor de um pátio chamada Atrio.
Pintura
A
pintura romana é de origem grega oriental. Os romanos tinham o hábito de pintar
nas paredes, imitando janelas e varandas que reproduziam cenas externas com
paisagens e animais, dando uma ideia de maior tamanho ao ambiente. Eram mestres
nesse assunto. Reproduziam também cenas de teatro ou cópias de trabalhos
gregos, declarando uma influência que nunca foi negada ou disfarçada.
Entretanto, os romanos diferiam dos gregos no temperamento básico, muito mais
realista.
Primeiro
Estilo
O
Primeiro Estilo, também referido como cantaria ou incrustação. - nome derivado
de crustae, placas pétreas de
revestimento - e é em essência abstrato. Suas origens são obscuras, mas parece
ter derivado da pintura empregada na decoração de templos e altares gregos,
sendo adaptado para a decoração de residências.
Segundo
Estilo
O
Segundo Estilo, chamado arquitetônico, floresceu com relativa rapidez a partir
do Primeiro. O efeito unificado e sólido das paredes do Primeiro Estilo se
dissolve e as salas parecem se abrir para o exterior, oferecendo vistas de
paisagens urbanas e jardins, evidenciando um uso bastante correto da
perspectiva para dar a impressão de tridimensionalidade e acomodar os recessos
visuais dos cantos dos aposentos. Com o Segundo Estilo se inicia a fase de
maturidade da pintura romana, passando a desenvolver recursos técnicos,
estéticos e simbólicos originais.
Terceiro
Estilo
O Terceiro Estilo, ou ornamental, representa
a continuidade do Segundo numa versão mais livre e ornamentada, mais leve e
menos pomposa. Seus principais elementos constituintes refletem um ecletismo
comum a toda arte do período de Augusto, e incluem uma tendência classicizante,
um gosto pela cópia ou derivação de autores antigos gregos e helenistas, a
influência da arte egípcia, e o florescimento do gênero da paisagem. As cenas
em perspectiva já tendem a não "perfurar" as paredes, o efeito de
profundidade é achatado, conferindo uma expansão virtual apenas modesta ao
espaço real do ambiente. A pintura adquiria um papel preponderante na decoração
de interiores. As cenas se reduziram a pequenos painéis centralizados,
emoldurados por elementos de arquitetura fantasiosa, mesmo extravagante e
irracional, subdividida em áreas compartimentalizadas, enriquecida com novos
motivos - guirlandas, candelabros, tirsos. Também importante no Terceiro Estilo
foi a reafirmação da figura humana, que na fase seguinte seria grandemente
explorada.
Quarto
Estilo
O Quarto Estilo ainda mais do que seu
precedente, só pode ser definido através da palavra ecletismo, recuperando
elementos de estilos anteriores e elaborando sobre eles novas configurações. Algumas
de suas características genéricas mais evidentes são uma inclinação para
composições mais assimétricas, uma tendência para o uso de cores mais quentes e
vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas ornamentações. Além
destas, as figuras são mais animadas, a técnica da pincelada ficou mais livre,
com uso intensivo de tracejado para obter as sombras e os volumes, se
aproximando de efeitos pontilistas, e se populariza a simulação pictorial de
tapeçarias através do uso de largas áreas de uma só cor, com bordas e faixas
ornamentais. Ling descreveu o Quarto Estilo como menos disciplinado e mais
caprichoso do que os seus antecessores, sendo em seus melhores momentos
delicado e deslumbrante, mas em mãos inábeis podia se tornar confuso e
sobrecarregado.
Escultura
Os
romanos eram admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito
diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma
representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, com
fizeram os gregos. As obras romanas mostravam cada linha e imperfeição no rosto
do sujeito (a menos que eles estivessem retratando rostos idealizados dos
imperadores). Mais realistas que idealista, a estatuária romana teve seu êxito
nos retratos.
A influência grega fez com que surgissem em Roma os copistas, que
retratavam com extrema fidelidade as principais obras clássicas, de homens
consagrados como Fídias e Praxítel
Fonte:
http://www.suapesquisa.com/imperioromano/arte_romana.htm
http://pointdaarte.webnode.com.br/news/a-historia-da-arte-romana/
http://www.aluzdaluz.com.br/arte_romana.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_Roma_Antiga