Ferdinand Victor
Eugène Delacroix foi um importante pintor francês do século XIX. Nasceu na
cidade francesa de Charenton Saint Maurice em 26 de abril de 1798 e faleceu em
13 de agosto de 1863 em Paris. É considerado um dos mais importantes artistas
plásticos da fase do romantismo francês. Suas obras tornaram-se marcantes na
história da arte pela utilização de efeitos óticos, os quais estudou
profundamente e que foram posteriormente utilizados pelos impressionistas.
Outra de suas características era a paixão pelo exótico, que influenciou a
escola simbolista.
Delacroix nasceu numa
família de grande prestigio social, e seu pai virou ministro da república.
Acreditava-se que seu pai natural teria sido na realidade o príncipe
Talleyrand, seu mecenas.
Delacroix fica órfão
muito cedo, seu pai morre em 1805 e sua mãe, em 1814. Em 1816, após receber uma
educação primorosa, um tio seu, Henri Riesner, o indica ao atelier de Pierre
Guérin. Guérin é um pintor pouco severo, e não limita as tendências de seus
alunos. Assim, em “A Barca de Dante”, Delacroix nos apresenta a personagens de
rostos horripilantes e cores fantasmagóricas, em uma atmosfera repleta de
drama. A inspiração literária não o leva a criar uma obra ilustrativa, mas
emotiva ao extremo. A beleza e o sereno deleite dos sentidos do neoclassicismo
são abandonados, e a veia romântica de Delacroix expressa-se em sua pintura. A
obra é exposta no Salão de 1822 e recebe poucos elogios.
O fato é que Delacroix teve uma educação
esmerada, que o transformou num erudito precoce: frequentou grandes colégios de
Paris, teve aulas de música no Conservatório e de pintura na Escola de
Belas-Artes. Também aprendeu aquarela com o professor Soulier e trabalhou no
ateliê do pintor Pierre-Narcisse Guérin, onde conheceu Géricault. Visitava
quase todos os dias o Louvre, para estudar as obras de Rafael Sanzio e Rubens.
Sob a influência do
realismo romântico de Géricault, Delacroix expôs no Salão de 1822 a tela
"Dante et Virgile aux enfers" (1822), também chamada de "A barca
de Dante", que provocou críticas favoráveis e contrárias. A polêmica se
acentua quando apresenta no Salão de 1824 "Scènes des massacres de
Scio" (1824), ou "O massacre de Quios", narrando episódios
dramáticos da guerra da independência da Grécia contra a Turquia. Em 1828, refaz
a tela, separando as pinceladas e avivando o colorido, após ter visto em
Londres, em 1827, obras de Bonington e de John Constable.
Delacroix se
interessou também pelos temas políticos do momento. Comovido com os
acontecimentos políticos do país, pinta uma alegoria à liberdade, à França e ao
seu povo, que representa em suas diversas classes sociais: "A Liberdade
guiando o povo" (1831), hoje no Museu do Louvre. O certo é que a bandeira
francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a
saltar da tela, impressionou um número não pequeno de espectadores.
Delacroix possuía uma
saúde frágil. Constantemente atacado por febres e fraquezas, nunca pode
empreender grandes viagens como teria sido de seu gosto. Mesmo assim, em 1832,
visitou o Marrocos e a Argélia como membro de uma delegação francesa. Seduzido
pelo exotismo e pela luminosidade do país, executou uma série de desenhos e
aquarelas sobre os costumes pitorescos dos árabes, que mais tarde utilizará em
telas como "Les femmes d'Alger" ("As mulheres de Argel").
Em 1836 executa para
o governo uma série de decorações, entre as quais a do salão do rei no palácio
Bourbon (1833-1836) e a da biblioteca do palácio de Luxembourg (1849-1861). Um
de seus maiores murais é o da capela dos anjos da Igreja de Saint-Sulpice
(1849-1861). Especialmente no quadro que representa Jacó em luta contra o anjo,
Delacroix revela-se o último grande muralista de tradição barroca.
Isolamento
Em 1840, com a
técnica já madura, conserva sua originalidade, mas suas pinceladas vigorosas e
separadas, sua cor de tons dourados e sua composição barroca lembram Rubens e
Paolo Veronese. Apesar de sua popularidade entre os intelectuais jovens, de seu
sucesso de público e mesmo do apoio do governo, Delacroix ainda é hostilizado
pelos neoclássicos. Ele passa os seus últimos anos de vida frequentando os
salões da aristocracia francesa em companhia de sua amante, a baronesa
Guiseppina de Forget. Em 1849, finalmente obtém o reconhecimento da Academia e
é convidado para fazer parte do júri permanente do Salão.
No final da vida,
Delacroix, tranca-se em seu atelier e produz febrilmente. Com um desenho
natural e suas cores fortes, cria atmosferas de súplica e tempestade, dominando
de tal forma os seus temas que é capaz de apresentar certa serenidade em
temáticas tão dramáticas. Delacroix morre em Paris, em 13 de agosto de 1863,
vítima de tuberculose. Ao todo, deixou 853 pinturas a óleo. Popular entre os
jovens artistas franceses, seu estilo influenciou toda a escola romântica, além
do impressionismo francês.
Algumas obras do artista:
A Liberdade Guiando o Povo (1830)
Material: Óleo sobre tela.
Dimensões:
260 x 325 cm.
Museu: Museu do Louvre. Paris
Museu: Museu do Louvre. Paris
O Massacre de Quios,
(1824).
Material:
Óleo sobre tela.
Dimensões: 419 x 354 cm.
Dimensões: 419 x 354 cm.
Museu:
Museu do Louvre. Paris
A barca de Dante,
(1822), Museu do Louvre – Paris
Material:
Óleo sobre tela.
Dimensões:
189 x 242 cm.
Museu:
Museu do Louvre. Paris
Mulheres de Argel,
(1834), Museu do Louvre - Paris.
Material: Óleo sobre tela.
Material: Óleo sobre tela.
Dimensões:
180 x 229 cm.
Museu: Museu do Louvre. Paris
Museu: Museu do Louvre. Paris
Batalha de Poitiers,
(1830), Museu do Louvre - Paris.
Mulher com papagaio, (1827), Museu de Belas
Artes de Lyon
Garota sentada em
cemitério – 1824
Fonte:
http://www.suapesquisa.com/biografias/delacroix.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A8ne_Delacroix
http://www.infoescola.com/biografias/eugene-delacroix/
http://educacao.uol.com.br/biografias/Eugene-Delacroix.jhtm
http://abstracaocoletiva.com.br/2012/11/02/eugene-delacroix-biografia/
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