sexta-feira, 2 de março de 2018

O Jardim de Miró


O Jardim de Miró


O Jardim - 1977


Este é “O Jardim” multicolorido do artista Joan Miró. Podemos perceber diversos elementos.
Trata-se de um jardim pintado por Miró em 1977. Nele vemos várias espécies de pássaros e flores surrealistas com um céu azul ao fundo e uma estrela acima das aves. Duas figuras da obras apresentam feições que lembram um rosto humano. Uma delas, na base da pintura, lembra uma cobra enquanto a figura à esquerda lembra uma pessoa. Vemos por toda a obra figuras muito coloridas, fluídas e fantasiosas, características também presentes em praticamente todas as obras do artista.

Analisando a obra com os alunos do 1º ANO
      A)   - O que você consegue perceber nesta pintura?
       B)   Quais as cores usadas na obra?
      C)   Há bichos no jardim? Quais?
      D)   Quantos amimais podemos encontrar no jardim?
      E)   Quantos pássaros tem e o que eles estão fazendo?
      F)   Quais formar são mais utilizadas pelo artista? (Pontos, linhas, círculos...)


COLOCANDO EM PRÁTICA
   1)   Agora que aprendemos um pouco sobre “O Jardim” de Miró, que tal criar seu próprio jardim?


    2)    Como seria “O Jardim” sendo você o artista responsável por colorir essa bela obra?







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Objetivos dessa aula:
- Conhecer vida do artista plástico Joan Miró e sua obra “O Jardim”;
- Identificar seres do mundo real e imaginário na obra;
- Permitir a interação com diferentes linguagens, incluído registros verbais e não verbais;
- Proporcionar a contextualização e a ligação do tema ao cotidiano da criança;
- Desenvolver a sensibilidade, a curiosidade e o gosto pela arte, ampliando os conhecimentos artístico;
- Inspirar-se nas obras de Joan Miró e criar obras utilizando técnicas e materiais diferenciados;
- Apreciar as produções individuais e coletivas;
- Entender o ponto e a linha como a base do desenho;
- Perceber as cores, o ponto e as linhas na obra “O Jardim” de Joan Muró.

Conteúdos:
- Elementos visuais: cores, linhas e pontos;
- Produções de desenho a partir de pontos e linhas.

Materiais:
- Cópias da obra “O Jardim, papel A4;
- Poderá escolher ente canetinhas hidrográficas, tinta guache, lápis de cor;
- Você poderá escolher também onde aplicar a técnica: folhas A4, cartolina ou caixa de papel.



Importante:
Professor, é importante fazer um momento de socialização com os trabalhos realizados pelos alunos.

Joan Miró - vida e obra






Joan Miró (1893-1983) foi um importante pintor, gravador, escultor e ceramista espanhol. Um criador de formas, figuras coloridas, imaginárias e símbolos próprios formados por manchas e por linhas carregadas que caracterizou toda sua obra.

Joan Miró (1893-1983) nasceu em Barcelona, na Espanha, no dia 20 de abril de 1893. Desde pequeno demonstrou o gosto pela pintura. Ingressou na Escola de Belas Artes de Barcelona, mas com 14 anos, pressionado pela família teve que abandonar os estudos de artes. Estudou comércio e trabalhou dois anos como balconista em uma farmácia, até sofrer uma crise nervosa. Buscando se convalescer, passou um longo período na casa da família na aldeia de Mont-Roig del Camp.

Em 1912, pretendendo retomar aos estudos, voltou para Barcelona e ingressou na Academia de Artes, dirigida por Francisco Gali, que o apresentou às últimas tendências artísticas europeias. Inicialmente, Miró apresentou uma pintura com um estilo expressionista, com influencias fauvistas e cubistas, com tendências de distorcer formas e usar cores pouco reais que destruíam os valores tradicionais.

Entre 1915 e 1919, Miró vivia entre Mont-Roig e Barcelona. Em 1918 realizou sua primeira exposição individual. Em 1919 foi para Paris, onde conheceu Picasso e Tristan Tzaia, um dos iniciadores do Dadaísmo. Aos poucos sua pintura evoluiu em direção a uma maior definição de forma, eliminando o forte contraste de luz. Nesse período enfrentou dificuldades para vender seus quadros.


Na França, foi amigo de Picasso, que o ajudou em suas pinturas, mas como era uma tarefa árdua vender qualquer tela de Miró, seu dinheiro sempre estava no limite. Seus pais também enviavam poucos recursos, para reafirmar a falta de vontade de incentivar sua vida artística. Miró passou fome por muitos dias e tentava aproveitar as alucinações que a falta de comida lhe dava pintando novos quadros e sentindo o mundo de um jeito diferente. É possível ver estas experiências em The Farmer’s Wife, um dos primeiros quadros do artista a mostrar grandes variações de escala ao longo do desenho, em que os grandes pés da esposa representam sua força no chão catalão.

Em 1924, a pintura de Joan Miró recebe influencia do Movimento Surrealista que acabara de surgir em Paris, e buscava usar o potencial do subconsciente como fonte de imagens fantásticas. Nessa época, Miró apresentava cenas oníricas e paisagens imaginárias. Nesse período destaca-se a tela “O Carnaval de Arlequim”.

Em 1926, Joan Miró participou da primeira exposição Surrealista. Em 1928, vende diversas obras. O Museu de Arte Moderna adquiriu duas telas do pintor. Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, fez ressurgir os elementos figurativos em sua obra. É dessa época a tela “O Interior Holandês”, uma das pinturas mais marcantes do artista.

Por volta dos anos 30, seus horizontes artísticos se ampliaram. Miró tornou-se mundialmente famoso, expondo regularmente em galerias francesas e americanas. Ele ilustrou livros, fez cenários para balé, passou a interessar-se por colagem e murais e seu grafismo se reduziu a linhas, pontos e manchas coloridas. No fim da dessa década, quando eclodiu a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), Miró estava em Paris, e sua produção artística foi fortemente influenciada pelos horrores da guerra.  Pintou cartazes de propaganda política e idealizou o painel “O Ceifeiro”, que seria apresentado ao lado do célebre painel “Guernica”, de Pablo Picasso, no pavilhão da Exposição Internacional de Paris.

No começo da Segunda Guerra Mundial, Miró volta para a Espanha. Nessa época conclui “Constelação”. A partir de 1944, inicia uma série de murais para o edifício da UNESCO, em Paris, e para a Universidade de Harvard. Entre fevereiro de 1947 e abril de 1959, o artista fez três viagens aos Estados Unidos, onde o expressionismo abstrato lhe causou forte impressão. Em 1954, ganha o prêmio de gravura na Bienal de Veneza. Em 1956, mudou-se para a ilha de Maiorca, onde instalou um estúdio, na cidade de Son Abrines. Em 1959, o mural que realizou para UNESCO ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1975, abriu a Fundação Miró, em Barcelona. Em 1980, recebeu a Medalha de Ouro de Belas Artes, do rei Juan Carlos.

Joan Miró faleceu em Palma de Maiorca, na Espanha, no dia 25 de dezembro de 1983.

   
  

















                   
Principais obras de Miró:

Pinturas

- Nord-Sud, 1917 óleo
- Retrato de bailarina espanhola, 1921, óleo
- O Carnaval de Arlequim, 1924, óleo
- Interior holandês (três pinturas em óleo), 1928
- Caracol, mulher, flor e estrela, 1934
- Mulher e pássaros ao amanhecer
- Una estrela acaricia o sonho de uma negra, 1938, óleo
- Azul, 1961, óleo
- Personagem diante do Sol, 1968, pintura em acrílico
- A esperança do condenado a morte, 1974

Murais Cerâmicos

- Murais cerâmicos do Sol e da Lua, 1958, Sede de Unesco em París.
- Mural cerâmico para a Universidade de Harvard, 1950.
- Mural cerâmico da Fundação Maeght, 1964
- Mural de cerâmica da Cinemateca, 1972 de París.
- Mural cerâmico do Novo Palácio do Congresso de Madrid, 1980.

Esculturas

- Pássaro lunar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Pássaro solar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Relógio do Vento, 1967 (escultura em bronze)
- A carícia de um pássaro, 1967 (escultura em bronze)
- Cachorro, (escultura em bronze)
- Miss Chicago, 1981
- Mulher e Pássaro, 1983 (escultura em cerâmica)






Fonte:
https://www.ebiografia.com/joan_miro/
http://colunastortas.com.br/2014/04/18/joan-miro-vida-e-obra/
https://www.suapesquisa.com/biografias/joan_miro.htm



quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

ATIVIDADES DE RECORTE E COLAGEM

Algumas sugestões de atividades que podem ser adaptados para diversos conteúdos como:
·         Monocromia
·         Policromia
·         Arte abstrata
·         Formas
·         Cores
 
    Recorte e Colagem - Formas geométricas variadas

Peça aos alunos que recortem diferentes formas geométricas e colem aleatoriamente


  

 Recorte e Colagem com triângulos

Sugira que recortem triângulos de diferentes tamanhos e cores e montem uma composição abstrata. O aluno entenderá também que qualquer figura geométrica que tenha três lados é um triângulo, independente do tamanho dos lados, dos ângulos ou da posição.
Com esta atividade o aluno estará desenvolvendo também um trabalho de sobreposição e trabalho com monocromia.

    Recorte e Colagem com quadrados e retângulos




Proponha que recortem quadrados de diferentes tamanhos e cores e montem uma composição abstrata.
Neste trabalho os alunos trabalharão também com duas formas geométricas ao mesmo tempo (quadrados e retângulos).

 

 Recorte e Colagem com círculos

Peça que recortem círculos de diferentes tamanhos e cores e montem uma composição abstrata. Nesta atividade o aluno trabalhar com contrastes e abusar da criatividade.






    Jornal preto e branco sobre fundo preto


Material: papel color set preto, jornal, Cola bastão, Crystal cola preta e tesoura.

Modo de fazer: Recorte as montanhas, nuvens, raios do sol, árvores e portas das casas no jornal. As casinhas, o trem e o sol no papel color set preto. Com cola bastão monte a paisagem.
O professor pode sugerir outro tema.

    Paisagem – Papéis coloridos rasgados

Material: cartolina, papel color set várias cores, Cola branca.
Modo de fazer: Pegue um pedaço de cartolina e cole sobre ela o papel color set azul (céu), para isso utilize a cola branca.
Sobre o azul cole as montanhas – papel color set verde rasgado (vários tons). Recorte as casas, nuvens, árvores e sol, sempre rasgando com as mãos. Cole sobre o trabalho.
O professor pode sugerir  ao aluno um tema livre.

    Papel colorido sobre fundo pintado com Giz de cera


Material: cartolina branca, papel color set várias cores, canetas Hidrocor, Cola branca, Giz de cera e tesoura.
Modo de fazer: Pinte o fundo com Giz de cera.
Recorte formas geométricas coloridas e cole no trabalho (casas). No color set preto recorte os telhados e janelas. Cole. Recorte os coqueiros no color set verde. Cole. Faça os troncos com canetas hidrocor marrom.

    Paisagem com tecidos

Material: papelão, tecidos coloridos e lisos, feltro, Super cola pano, cola e tesoura.
Modo de fazer: Sobre um retângulo de papelão cole feltro azul ou tecido (céu).  Cole o feltro verde ou tecido (montanhas, vegetação).
Recorte no tecido estampado as demais partes e cole sobre o trabalho utilizando a Super cola pano.



    Colagem com areia colorida

Material: papelão, cola branca e areia colorida de várias cores.
Modo de fazer: Risque a paisagem sobre o papelão. Passe cola branca na parte superior (céu). Jogue a areia azul. Espere secar, jogue o excesso. Passe cola no coqueiro e jogue areia verde. Espere secar e tire o excesso. Proceda dessa forma (parte por parte) até que a paisagem esteja concluída.






fonte
http://www.acrilex.com.br/educadores.asp?conteudo=141&visivel=sim&mes=46



quarta-feira, 1 de julho de 2015

Teatro De Rua




Teatro de rua é uma modalidade teatral em que os atores utilizam seu corpo e sua voz a serviço da construção estética no espaço aberto, sobretudo nas cidades. Nesta atividade rua é todo espaço público aberto e apto a receber um espetáculo teatral, como parques, praças, monumentos, edifícios, rios, entre outros, em oposição aos locais fechados.
Dentro dessa modalidade teatral, o espaço urbano e tudo que nele está contido, pode vir a ser mais do que espaço de representação, ou seja, ao mesmo tempo que a cidade é local da encenação, o espetáculo pode se valer de uma paisagem como cenário ou um monumento como elemento cênico etc.
Tendo suas origens na antiguidade, o teatro nasceu no espaço aberto e desde a Grécia Antiga colocou na cena os problemas da polis e dos cidadãos. Teatro e cidade sempre foram ligados, numa relação amigável ou conflituosa, mas um sempre se serviu ou serviu ao outro durante vários séculos, profissionalizou-se no Renascimento e seguindo a burguesia criou-se o espaço teatral restrito ou edifício teatral que acabou sendo uma forma de elitizar o teatro.
As motivações para se optar pelo teatro de rua são as mais variadas, desde uma tentativa de levar o teatro às pessoas que não tem acesso ao fazer teatral convencional, até uma forma de teatro político, Amir Haddad fala que: “ao fazer teatro na rua, descobri uma possibilidade nova de plateia que eu não conhecia: a plateia heterogênea.” As pessoas que veem as peças pela cidade são pessoas das mais diversas faixas etárias, classes sociais e mentalidade, este é um dos fatores interessantes do teatro de rua, ele tem de ser criado de forma que trabalhe com sua variedade de público.
Apesar de ser uma forma normalmente menosprezada de teatro, pois as pessoas, até aquelas que nunca foram ao teatro, têm em mente o palco italiano, ou até por ser pensado também como uma forma de agitação social, o teatro de rua acaba não sendo visto de forma correta e que abranja toda sua grandeza. Quando falamos de teatro de rua, estamos falamos de uma forma de descentralizar o teatro, levá-lo às mais distintas pessoas e lugares, estamos falando em humanizá-lo, de botar o ator em contato direto com o público, de ligar ator e público podendo transformá-los em uma coisa só, fazendo com que o espetáculo receba interferência, mas também entre na vida das pessoas.
O teatro de rua no Brasil surgiu primeiramente como uma forma de voz contra a ditadura nos anos 80 logo após o regime militar, foi muito comparado ao agit-prop e era claramente um teatro voltado para movimentos políticos, nos dias atuais ele possui uma postura mais estética e movimentos mais sociais.
Muitos grupos hoje em dia, ajudam a comunidade e “adotam” os locais em que normalmente se apresentam, reformando e cuidando de locais antes abandonados








Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_rua
https://foradopalco.wordpress.com/teatro-de-rua/