sexta-feira, 15 de junho de 2012

Formação de Professores


PROFAP DE ARTE

Tudo isso e um pouco mais você vai encontrar no 2º encontro do PROFAP de ARTE.
Ficou curioso? Então venha participar!


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 PROFAP- Programa de Formação de Professores

Venha participar do PROFAP, faça sua inscrição no dia e local da formação.

 
Atenção!
Mesmo que você tenha perdido o 1º encontro, ainda pode fazer sua inscrição e participar.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

Teatro de Sombras


O teatro de sombras é uma arte muito antiga, originária da China, de onde se espalhou para o mundo. Consiste na manipulação de um boneco de varas, entre uma luz e uma tela, o que faz com que o espectador, sentado diante da tela, veja apenas a sombra do boneco. Existe uma lenda chinesa a respeito da origem do teatro de sombras. No ano 121, o imperador Wu Ti, da dinastia Han, desesperado com a morte de sua bailarina favorita, teria ordenado ao mago da corte que a trouxesse de volta do "Reino das Sombras", caso contrário ele seria decapitado. O mago usou a sua imaginação e, com uma pele de peixe macia e transparente, confeccionou a silhueta de uma bailarina. Depois, ordenou que, no jardim do palácio, fosse armada uma cortina branca contra a luz do sol, de modo que deixasse transparecer a luz. No dia da apresentação ao imperador e sua corte, o mago fez surgir, ao som de uma flauta, a sombra de uma bailarina movimentando-se com leveza e graciosidade. Neste momento, teria surgido o teatro de sombras.
O gênero teatro de animação estendeu-se à Europa alguns anos mais tarde, deixando quem assiste muito curioso. Além disto, esta técnica estimula a criatividade natural da criança, promovendo nesta o gosto pelo oposto entre a fantasia e a realidade. Este tipo de projeção de sombras é uma forma divertida de interligar a leitura de uma história à construção de personagens através do movimento das silhuetas e da própria dramatização, aplicada a história em si própria.
Nos dias de hoje o teatro de sombras é uma das manifestações artísticas mais populares em diversas regiões do continente asiático.


Vamos Trabalhar
A Proposta é que os educadores encenem com os alunos uma pequena história. Segue uma sugestão de trabalho:
Material
Papel cartão ou cartolina, Tesouras, Faca Grampos, Cola, Plásticos coloridos, Papel celofane, colorido, Fios de nylon (linha de pescar), Elásticos, Arames de flores, Lâmpadas (com soquetes, fio e tomadas para serem ligadas), Pedaços de tecido, Madeira, Papel vegetal, Tachinhas, Pregos de 1,5 cm, Martelo.


Pescando
Um velho pescador estava no seu barco e sente na ponta de sua linha um puxão. Claro era um peixe! Bom dia para a pescaria! O velho pescador estava com sorte e já tinha pego um peixe bom. Momentos depois outro puxão, este mais forte que fez o barco balançar. O que seria isso? -pensou o pescador, que não teve nem tempo de responder a si mesmo, quando das águas escuras apareceu uma enorme boca. Uma confusão se seguiu: o dono da boca era um crocodilo que havia mordido o peixe fisgado pelo pescador e agora tentava arrancar sua presa da linha, balançando o barco. 
Espertamente o pescador, por alguns segundos conseguiu tirar o peixe fora da boca do crocodilo, que enraivecido ficou rondando o barco. O pescador que não era bobo nem nada. Pensou rapidinho tirou a bota e a meia que estava usando e colocou no anzol. Como o dia era quente e a bota fechada, o aroma naturalmente não era dos melhores, e ele jogou a bota na água, e o crocodilo pensando que se tratava do peixe que lhe seria restituído, engoliu a bota de uma só vez.
O pescador esperto cortou a linha de sua vara e ficou observando o crocodilo, mastigando a bota, não gostando nadinha do sabor, enquanto ia se afastando, cada vez mais do velho pescador, que não parava de rir.


Modo de fazer o cenário:

O teatrinho de sombras passa-se em uma armação que deverá ser montada numa altura razoável para que o educador possa permanecer sentado durante a representação. Assim montar com madeiras fina (ripas) o perfil do teatro que deverá ter 1,40 m de altura por 90 cm de largura.

Cobre-se a parte da frente e laterais com tecido que pode ser de um algodão bem colorido e barato, de forma que fique como uma caixa de tecido preso pelos preguinhos ou mesmo tachinhas pelo lado de dentro. Na parte da frente há uma janela, de aproximadamente 80 cm de comprimento pela mesma medida de largura. Esta janela deverá ser recoberta com tecido tipo gaze branca transparente, ou com papel vegetal da mesma largura, ela deve ser presa pelo lado de dentro com as tachinhas. A janela poderá ser enriquecida, fazendo com tecido de uma só cor uma cortina pelo lado de fora do teatrinho.

Para garantir o efeito de sombra desejado o cenário do teatrinho deverá estar localizado próximo de um ponto de luz e deverá ser montado cerca de 1 metro de onde será colocada a lâmpada, esta deverá ser colocada atrás do teatrinho de forma que fique exatamente na altura da janela, para esse efeito ideal é lâmpada de 150 Watts transparente. A sala onde se fará o teatrinho deverá estar absolutamente escura quando começar a encenação e os educadores deverão ter o cuidado de trocar os bonecos de sombras e manter suas cabeças abaixo da luz, pois dessa maneira, não atrapalharão o efeito desejado do teatro.

Montagem das cenas:
 
Em cartão grosso recortar o barco, o pescador, o peixe, a bota e a boca do crocodilo, conforme a ilustração ao lado. As mandíbulas do crocodilo são cortadas separadamente e depois furadas no local indicado e presas por uma tachinha, são fixadas nos dedos do "ator" por elásticos. A varinha é feita com palito de churrasco e presa ao peixe com uma linha fina, deve-se fazer outra varinha para usar-se com a bota.
Para fazer-se a encenação preparam-se as sombras, devendo uma pessoa ser o pescador e outra o crocodilo, se recomenda mais um educador auxiliando na apresentação para a troca de objetos.
 



Apresentação dos alunos:
Depois da apresentação dos educadores, os alunos divididos em grupos de 4 a 6 elementos deverão fazer seus próprios personagens para uma pequena e rápida encenação no teatrinho de sombras. Para isso, eles usarão as próprias mãos reproduzindo a sombra de animais ou poderão confeccionar os personagens.




Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_sombras
http://www.editorainformal.com.br/INTERNETIVIDADES/pacote/roseta/teatro.html

Teatro de Mamulengo


O Mamulengo é um teatro de características inteiramente populares, onde os atores são bonecos que falam, dançam, brigam e quase sempre, morrem. Muito difundido em alguns Estados do Nordeste do Brasil e principalmente em Pernambuco, tem raízes históricas e origens vinculadas ao teatro medieval europeu.
Guardando elementos vinculados à tradição dos folguedos ibéricos e sendo remanescentes dos espetáculos da Commedia dell´Arte, o Mamulengo baseia-se na improvisação livre do ator (mamulengueiro). Conquanto tenha um roteiro básico para a história, que não é escrita, os diálogos são criados no momento mesmo do espetáculo, de acordo com as circunstâncias e com a forma de reação do público.
Geralmente, o mamulengo utiliza a modalidade do boneco de luva. Mas encontramos também os mamulengueiros que preferem brincar – realizar apresentações - com bonecos de vara.
A tecnologia de construção da cabeça do boneco difere bastante da utilizada na fabricação dos fantoches. A cabeça dos fantoches é confeccionada utilizando o pano, o papel machê, jornal, e outros materiais como insumos do processo de fabricação.
Por utilizar a madeira como matéria prima para a fabricação do boneco, o mamulengo adquire maior resistência e durabilidade. Resiste bem às cenas de pancadaria explícita – muito comuns neste tipo de teatro – como também resiste à ação do tempo.
O mamulengueiro mais completo é aquele que se propõe a construir seus próprios bonecos, é o ator manipulador-artesão, o ator-escultor, criador da obra prima. Além de vestir e interpretar o boneco, emprestando o sopro da vida, lida com a madeira, trabalhando-a, conformando-a, esculpindo-a para que possa receber a tinta que irá caracterizar e dar identidade ao títere.
Há casos em que o mamulengueiro esculpe todo o boneco, inclusive o corpo. O normal, contudo, é utilizar a madeira para esculpir apenas a cabeça e as mãos. O restante do corpo é representado pela luva que veste a mão do manipulador. Com rara frequência encontramos bonecos fabricados de pana – raiz encontrada em mangues e brejos – pano, papel machê e cabaça.
Além dos mamulengos de luva, existem também os de luva e fio. Nesta estrutura, o sistema de fios é manipulado de baixo para cima, contrário ao conhecido esquema das marionetes, onde a manipulação se processa de cima para baixo.
No mamulengo de luva e fio, o boneco possui articulações que tornam possíveis diferentes formas de manipulação, sobretudo a manipulação independente das partes do corpo como a boca, a língua e os olhos. Este tipo de movimentação ocorre quando o ator-manipulador, com a mão direita, aciona um sistema de fios que traspassa o interior do boneco, mantendo a mão esquerda vestida na luva com a função de sustentar e compor o corpo do boneco.
Nos mamulengos de vara, quase sempre todo o corpo é esculpido de madeira. Mas existem variações, são utilizado pano, serragem, algodão e papel para enchimento.

Fonte:
http://teatromanebeicudo.blogspot.com.br/2007/10/o-teatro-mamulengo-e-o-teatro-man.html
http://formasanimadas.wordpress.com/2010/08/09/mamulengo-o-teatro-de-bonecos-popular-no-brasil-fernando-augusto/