sábado, 23 de março de 2013

Eugène Delacroix



Ferdinand Victor Eugène Delacroix foi um importante pintor francês do século XIX. Nasceu na cidade francesa de Charenton Saint Maurice em 26 de abril de 1798 e faleceu em 13 de agosto de 1863 em Paris. É considerado um dos mais importantes artistas plásticos da fase do romantismo francês. Suas obras tornaram-se marcantes na história da arte pela utilização de efeitos óticos, os quais estudou profundamente e que foram posteriormente utilizados pelos impressionistas. Outra de suas características era a paixão pelo exótico, que influenciou a escola simbolista.
Delacroix nasceu numa família de grande prestigio social, e seu pai virou ministro da república. Acreditava-se que seu pai natural teria sido na realidade o príncipe Talleyrand, seu mecenas.
Delacroix fica órfão muito cedo, seu pai morre em 1805 e sua mãe, em 1814. Em 1816, após receber uma educação primorosa, um tio seu, Henri Riesner, o indica ao atelier de Pierre Guérin. Guérin é um pintor pouco severo, e não limita as tendências de seus alunos. Assim, em “A Barca de Dante”, Delacroix nos apresenta a personagens de rostos horripilantes e cores fantasmagóricas, em uma atmosfera repleta de drama. A inspiração literária não o leva a criar uma obra ilustrativa, mas emotiva ao extremo. A beleza e o sereno deleite dos sentidos do neoclassicismo são abandonados, e a veia romântica de Delacroix expressa-se em sua pintura. A obra é exposta no Salão de 1822 e recebe poucos elogios.
 O fato é que Delacroix teve uma educação esmerada, que o transformou num erudito precoce: frequentou grandes colégios de Paris, teve aulas de música no Conservatório e de pintura na Escola de Belas-Artes. Também aprendeu aquarela com o professor Soulier e trabalhou no ateliê do pintor Pierre-Narcisse Guérin, onde conheceu Géricault. Visitava quase todos os dias o Louvre, para estudar as obras de Rafael Sanzio e Rubens.
Sob a influência do realismo romântico de Géricault, Delacroix expôs no Salão de 1822 a tela "Dante et Virgile aux enfers" (1822), também chamada de "A barca de Dante", que provocou críticas favoráveis e contrárias. A polêmica se acentua quando apresenta no Salão de 1824 "Scènes des massacres de Scio" (1824), ou "O massacre de Quios", narrando episódios dramáticos da guerra da independência da Grécia contra a Turquia. Em 1828, refaz a tela, separando as pinceladas e avivando o colorido, após ter visto em Londres, em 1827, obras de Bonington e de John Constable.
Delacroix se interessou também pelos temas políticos do momento. Comovido com os acontecimentos políticos do país, pinta uma alegoria à liberdade, à França e ao seu povo, que representa em suas diversas classes sociais: "A Liberdade guiando o povo" (1831), hoje no Museu do Louvre. O certo é que a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um número não pequeno de espectadores.
Delacroix possuía uma saúde frágil. Constantemente atacado por febres e fraquezas, nunca pode empreender grandes viagens como teria sido de seu gosto. Mesmo assim, em 1832, visitou o Marrocos e a Argélia como membro de uma delegação francesa. Seduzido pelo exotismo e pela luminosidade do país, executou uma série de desenhos e aquarelas sobre os costumes pitorescos dos árabes, que mais tarde utilizará em telas como "Les femmes d'Alger" ("As mulheres de Argel").
Em 1836 executa para o governo uma série de decorações, entre as quais a do salão do rei no palácio Bourbon (1833-1836) e a da biblioteca do palácio de Luxembourg (1849-1861). Um de seus maiores murais é o da capela dos anjos da Igreja de Saint-Sulpice (1849-1861). Especialmente no quadro que representa Jacó em luta contra o anjo, Delacroix revela-se o último grande muralista de tradição barroca.
Isolamento
Em 1840, com a técnica já madura, conserva sua originalidade, mas suas pinceladas vigorosas e separadas, sua cor de tons dourados e sua composição barroca lembram Rubens e Paolo Veronese. Apesar de sua popularidade entre os intelectuais jovens, de seu sucesso de público e mesmo do apoio do governo, Delacroix ainda é hostilizado pelos neoclássicos. Ele passa os seus últimos anos de vida frequentando os salões da aristocracia francesa em companhia de sua amante, a baronesa Guiseppina de Forget. Em 1849, finalmente obtém o reconhecimento da Academia e é convidado para fazer parte do júri permanente do Salão.
No final da vida, Delacroix, tranca-se em seu atelier e produz febrilmente. Com um desenho natural e suas cores fortes, cria atmosferas de súplica e tempestade, dominando de tal forma os seus temas que é capaz de apresentar certa serenidade em temáticas tão dramáticas. Delacroix morre em Paris, em 13 de agosto de 1863, vítima de tuberculose. Ao todo, deixou 853 pinturas a óleo. Popular entre os jovens artistas franceses, seu estilo influenciou toda a escola romântica, além do impressionismo francês.

Algumas obras do artista:

A Liberdade Guiando o Povo (1830) 
Material: Óleo sobre tela.
Dimensões: 260 x 325 cm.
Museu: Museu do Louvre. Paris
 
O Massacre de Quios, (1824).
Material: Óleo sobre tela.
Dimensões: 419 x 354 cm.
Museu: Museu do Louvre. Paris
 
A barca de Dante, (1822), Museu do Louvre – Paris 
Material: Óleo sobre tela.
Dimensões: 189 x 242 cm.
Museu: Museu do Louvre. Paris 
Mulheres de Argel, (1834), Museu do Louvre - Paris. 
Material: Óleo sobre tela.
Dimensões: 180 x 229 cm.
Museu: Museu do Louvre. Paris
 
Batalha de Poitiers, (1830), Museu do Louvre - Paris.

Mulher com papagaio, (1827), Museu de Belas Artes de Lyon
Garota sentada em cemitério – 1824



Fonte:

http://www.suapesquisa.com/biografias/delacroix.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A8ne_Delacroix
http://www.infoescola.com/biografias/eugene-delacroix/
http://educacao.uol.com.br/biografias/Eugene-Delacroix.jhtm
http://abstracaocoletiva.com.br/2012/11/02/eugene-delacroix-biografia/
 


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