terça-feira, 28 de outubro de 2014

Arte Romana



             Entre as civilizações do mundo antigo, a dos romanos é, sem dúvida, aquela a que mais temos acesso, uma vez que eles nos deixaram um vasto legado literário, que nos permite traçar sua história com uma riqueza de detalhes.
            Com forte influência dos etruscos, a arte romana antiga seguiu os modelos e elementos artísticos e culturais da Grécia Antiga e chegou a "copiar" estátuas clássicas. Imperadores, deuses e figuras mitológicas foram retratados nas esculturas romanas.
            Roma destacou-se na arquitetura com grandes edifícios privados e públicos. Entre os privados, incluem-se as casas e as residências coletivas. Os públicos dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos (teatro, anfiteatro e circo). O espírito prático de Roma reflete-se no urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos.

Arquitetura
            Da mesma maneira encontramos obras particulares, mansões nas cidades e em seus arredores, refletindo a riqueza de patrícios e posteriormente dos homens novos. O enriquecimento proveniente das conquista foi responsável pelo desenvolvimento do gosto pelo luxo, e pode ser percebido também nas construções.
            É uma arquitetura caracterizada pela monumentalidade, não só pelo o espaço que ocupa, mas também pelo seu significado. Isto decorre também da ideia da imortalidade do Império. É uma arquitetura utilitária, prática, funcional.
            Dos etruscos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utilização do arco e da abóbada. Dos gregos herdaram as concepções clássicas dos estilos Jônio, Dório e coríntio, aos quais associaram novos estilos, como o toscano.
            Os romanos ainda construíram aquedutos que transportavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.

As construções eram de cinco espécies, de acordo com as funções:

1) Religião: Templos Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reunia para o culto.

2) Comércio e civismo: Basílica,  A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto.

3) Higiene: Termas Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As mais famosas são as termas de Caracala que, além de casas de banho, eram centro de reuniões sociais e esportes.

4) Divertimentos:
a) Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos: jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".
b) Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis.
c) Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo. Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.

5) Monumentos decorativos
a) Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em Início em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.
b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.

6) Moradia: Casa Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio.

Pintura
           
            A pintura romana é de origem grega oriental. Os romanos tinham o hábito de pintar nas paredes, imitando janelas e varandas que reproduziam cenas externas com paisagens e animais, dando uma ideia de maior tamanho ao ambiente. Eram mestres nesse assunto. Reproduziam também cenas de teatro ou cópias de trabalhos gregos, declarando uma influência que nunca foi negada ou disfarçada. Entretanto, os romanos diferiam dos gregos no temperamento básico, muito mais realista.

Primeiro Estilo
           
O Primeiro Estilo, também referido como cantaria ou incrustação. - nome derivado de crustae, placas pétreas de revestimento - e é em essência abstrato. Suas origens são obscuras, mas parece ter derivado da pintura empregada na decoração de templos e altares gregos, sendo adaptado para a decoração de residências.


Segundo Estilo
           
O Segundo Estilo, chamado arquitetônico, floresceu com relativa rapidez a partir do Primeiro. O efeito unificado e sólido das paredes do Primeiro Estilo se dissolve e as salas parecem se abrir para o exterior, oferecendo vistas de paisagens urbanas e jardins, evidenciando um uso bastante correto da perspectiva para dar a impressão de tridimensionalidade e acomodar os recessos visuais dos cantos dos aposentos. Com o Segundo Estilo se inicia a fase de maturidade da pintura romana, passando a desenvolver recursos técnicos, estéticos e simbólicos originais.

Terceiro Estilo
O Terceiro Estilo, ou ornamental, representa a continuidade do Segundo numa versão mais livre e ornamentada, mais leve e menos pomposa. Seus principais elementos constituintes refletem um ecletismo comum a toda arte do período de Augusto, e incluem uma tendência classicizante, um gosto pela cópia ou derivação de autores antigos gregos e helenistas, a influência da arte egípcia, e o florescimento do gênero da paisagem. As cenas em perspectiva já tendem a não "perfurar" as paredes, o efeito de profundidade é achatado, conferindo uma expansão virtual apenas modesta ao espaço real do ambiente. A pintura adquiria um papel preponderante na decoração de interiores. As cenas se reduziram a pequenos painéis centralizados, emoldurados por elementos de arquitetura fantasiosa, mesmo extravagante e irracional, subdividida em áreas compartimentalizadas, enriquecida com novos motivos - guirlandas, candelabros, tirsos. Também importante no Terceiro Estilo foi a reafirmação da figura humana, que na fase seguinte seria grandemente explorada.

Quarto Estilo
O Quarto Estilo ainda mais do que seu precedente, só pode ser definido através da palavra ecletismo, recuperando elementos de estilos anteriores e elaborando sobre eles novas configurações. Algumas de suas características genéricas mais evidentes são uma inclinação para composições mais assimétricas, uma tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas ornamentações. Além destas, as figuras são mais animadas, a técnica da pincelada ficou mais livre, com uso intensivo de tracejado para obter as sombras e os volumes, se aproximando de efeitos pontilistas, e se populariza a simulação pictorial de tapeçarias através do uso de largas áreas de uma só cor, com bordas e faixas ornamentais. Ling descreveu o Quarto Estilo como menos disciplinado e mais caprichoso do que os seus antecessores, sendo em seus melhores momentos delicado e deslumbrante, mas em mãos inábeis podia se tornar confuso e sobrecarregado.

Escultura

         
   Os romanos eram admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, com fizeram os gregos. As obras romanas mostravam cada linha e imperfeição no rosto do sujeito (a menos que eles estivessem retratando rostos idealizados dos imperadores). Mais realistas que idealista, a estatuária romana teve seu êxito nos retratos.
       
A influência grega fez com que surgissem em Roma os copistas, que retratavam com extrema fidelidade as principais obras clássicas, de homens consagrados como Fídias e Praxítel




Fonte:
http://www.suapesquisa.com/imperioromano/arte_romana.htm
http://pointdaarte.webnode.com.br/news/a-historia-da-arte-romana/
http://www.aluzdaluz.com.br/arte_romana.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_da_Roma_Antiga

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