terça-feira, 17 de maio de 2011

Caricatura


Maurício de Sousa
  
Caricatura é a reprodução gráfica de um animal ou coisa, de uma cena ou episódio,é um  personagem da vida real, tal como político e artista. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humoristica, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo, estes detalhes deixam o desenho mais cômico. Podemos caricaturar o seu amigo, funcionário, colega de trabalho, artista favorito ou até da sua família inteira.
 Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção). A princípio considerada mero divertimento, a caricatura tornou-se importante atividade artística. Entre seus cultores incluem-se diversos nomes significativos na história das artes visuais. A propensão para o caricatural ocorre em todos os artistas de tendência expressionista.
Silvio Santos

 A caricatura é a mãe do exressionismo, onde o artista desvenda as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa.
A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas; às vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinônimo de grotesco (a imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais).  
A caricatura já era conhecida dos egípcios (o museu de Turim guarda um papiro que retrata o faraó Ramsés II com orelhas de burro), gregos (pinturas em vasos) e romanos (afrescos de Pompéia e Herculano). Como arte independente, porém, a caricatura é fruto da Renascença, devendo-se a Annibale Carracci o primeiro exemplar do gênero, hoje no museu de Estocolmo: um desenho que representa um casal de cantores italianos, feito em 1600.


Ziraldo

 No Brasil
 O verdadeiro iniciador da caricatura no Brasil foi Manuel de Araújo Porto Alegre, que publicou a primeira caricatura, anonimamente, no Jornal do Comércio de 14 de dezembro de 1837: uma sátira ao jornalista Justiniano José da Rocha, inimigo do artista.
 O primeiro periódico a imprimir caricaturas foi a Lanterna Mágica, publicado no Rio de Janeiro entre 1844 e 1845, possivelmente por iniciativa de Araújo Porto Alegre. O mais notável caricaturista da época foi, porém, Rafael Mendes de Carvalho, colaborador daquele periódico. Número razoável de caricaturas anônimas, quase todas litografadas em estabelecimentos como o de Frederico Guilherme Briggs, surge no Rio de Janeiro em fins da primeira metade do século XIX: são, na maior parte, caricaturas políticas, de grande virulência.
Xuxa

No Brasil, Raul Pederneiras (Raul), Calixto Cordeiro (K. Lixto) e J. Carlos são nomes que surgem dentre os primeiros artistas exclusivamente caricaturistas. Destacam-se também Nair de Tefé, a primeira mulher caricaturista do mundo, Henrique Fleiuss, Max Yantok, Millôr Fernandes, Lan, Chico Caruso, Cássio Loredano, Angelo Agostini, Claudio Paiva, Angeli, Glauco Villas-Boas, Laerte, Ziraldo, Jaguar e Henfil, entre outros. 

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